Equipe deve estar unida no momento da fusão

Na visão de dois executivos, quando surge uma nova empresa os colaboradores devem atuar juntos na área de TI

O terceiro painel da sala 2 reuniu uma dupla de especialistas em inovação, que falaram sobre “Desafios na Integração Tecnológica e de Dados em um Mercado Cada Vez Mais Fusões e Aquisições”. Mediado por André Sussumi, client partner da Capgemini, teceram comentários a respeito do tema Raphael Luna, diretor de TI da MDS Group, e Vanesa Bustamante, CIO da HDI Seguros.

Luna foi o primeiro a falar. Destacou que a inteligência artificial abre espaço a uma série de serviços personalizados adaptados aos anseios dos clientes. É uma tecnologia, segundo ele, que redefine a forma como as pessoas compreendem os seguros. E conceituou a MDS como uma corretora que MDS que estabelece novos processos, produz um volume excepcional de entregas e promove investimento em inovação e segurança da informação para os clientes e público interno.

Vera Bustamante ressaltou o papel dos colaboradores da HDI. “Meu time não só veste a camisa, é tatuado mesmo”, enaltece, sobretudo em atividades como migração de dados e a área de pricing. Um dos desafios citados por ela refere-se a atuar em duas frentes: ajudando o corretor no campo tecnológico e buscar sistemas e soluções diferenciadas, além de celebrar parcerias. “Devemos focar muito forte na experiência do cliente. Fazemos escolhas diárias quando é preciso dar uma resposta assertiva ao mercado”, acrescenta.

Sussumi considerou importante o empenho da equipe multidisciplinar e sugeriu olhar sob vários prismas. Sobre a equipe, Vanessa lembrou uma área específica sob o comando do CEO da HDI, Eduardo Dal Ri. “Temos metas de monitoramento e produtividade. E unificamos também os processos de comunicação com os nossos clientes. Estes, de fato, precisam conhecer todo o leque dos produtos. Falamos de integração de TI. Estas informações são fundamentais ao público da HDI”, detalhou a executiva.

Ambiente de fusões

Luna enfatizou a comunicação transparente tanto aos clientes, quanto aos demais públicos. E Como se faz a comunicação mais clara e simples possível? “Temos quase a obsessão de sermos perfeitos”, confessa. Em um cenário de fusão, de acordo com o diretor, é condição sine qua non criar um ambiente desejado para o cliente. E revela: “Atendemos o cliente como uma corretora pequena. Não podemos perder essa essência”.

Na visão do executivo, a corretora tem de ser maior do que as guidelines internas, buscando soluções que se encaixam conforme as necessidades do público. Mas é imperativo evitar a perda de clientes em função da complexidade tecnológica, embora não seja possível mensurar isso, segundo Luna. Continuar mantendo carteiras ‘aquecidas” em um ambiente de fusões. Esse é o desafio que se impõe.

O mediador do painel, André Sussumi, ressalta: todos aprendem mais com erros do que acertos neste cenário. E pergunta aos especialistas: “O que não deu certo para você ou quais dores podem relatar? “Existem coisas que quando houve a compra (aquisição da Liberty Seguros pela HDI) não foram boas. A primeira coisa importante é olhar o desafio como responsabilidade e os impactos que causam na vida das pessoas”, observa Vera Bustamante.

E a CIO da HDI continua: “Em nosso ecossistema temos três empresas (HDI, Liberty e Sompo), o que gera um grau de ansiedade bem considerável nas pessoas. É preciso que conheçam as nossas tecnologias. E o nosso time efetua o fechamento financeiro destas três empresas”. Vera defende que os valores da corporação sejam colocados na mesa para a compreensão dos processos distintos. “Devemos olhar com calma e escolher a melhor solução tecnologia em face daquela determinada situação”, sugere.

“O tema pessoas é espinhoso em qualquer fusão por causa dos relacionamentos. Você precisa adequar salários e planos de carreira, por exemplo. Juntar os times da tecnologia também é importante. Cada qual com responsabilidade na nova empresa”, ponderou Luna.  Em sua visão, um erro grave é não unir as equipes no mesmo propósito e nem personalizar times quando se trata de integração tecnológica. O espírito de equipe deve sempre prevalecer.