Insurtech Brasil iniciou com a visão da Susep sobre inovação tecnológica
O Insurtech Brasil 2024 – considerado um dos principais eventos de tecnologia e inovação para o mercado segurador – começou a todo o vapor com a visão da Susep sobre inovação tecnológica, na voz da diretora da Superintendência, Julia Normande Lins.
Para falar de inovação ela voltou um pouco na história de desenvolvimento do Brasil. “As revoluções industriais têm como pressuposto algo relacionado a evolução tecnológica. Quando pensamos em inovação, temos que pensar em um país que não necessariamente chegou atrasado, mas enxergar no Brasil um país com oportunidade única, que chegou tarde sim, mas que conseguiu inovação tecnológica e evolução social. O caminho para o país deve ser pautado para aproveitar a oportunidade em unir inovação tecnológica e bem-estar social”.
Julia ressaltou que o seguro é um instrumento essencial para que haja impulsionamento no processo de inovação tecnológico, e para isso temos dois aspectos distintos. “O primeiro é o desenvolvimento de processo na criação do uso da inovação tecnológica, usando ferramentas para o sistema, focando no bem-estar social. O outro eixo é o desenvolvimento de produtos securitários, com a necessidade de promover os produtos inovadores, voltados para o crescimento do mercado de seguros.
A diretora trouxe o plano de regulação 2023/24, mostrando que há um capítulo de política nacional de cyber segurança. “Analisamos como estão os riscos relacionados aos riscos civis, e outro estudo que leva em conta como a cyber segurança está relacionada com a política do país”.
Além disso, ela exaltou outras iniciativas da Susep que impulsionaram o mercado de seguros, como o SRO, o Open Insurance e o Sandbox regulatório. “Esse é um processo que a Susep tem tratado com muito carinho, porque acreditamos nesse processo de mudanças do mercado de seguros e também com a perspectiva futura do que ele tem a trazer para o desenvolvimento da tecnologia no setor. A tendência é que o Edital 3 traga mais ênfase a visão da inovação tecnológica e aspectos de sustentabilidade”.
Julia também citou a catástrofe no Rio Grande do Sul e de como esse acontecimento abriu o olhar para a importância do mercado de seguros. “Pudemos perceber como ainda precisamos impulsionar o mercado de seguros para que a população consiga acessá-lo e que esses seguros sejam cada vez mais adequados às necessidades da sociedade. As insurtechs de um modo geral estão trazendo cultura essencial de tecnologia voltada para o social”.
Em termos regulatórios, a Susep está acompanhando o ritmo dessa inovação tecnológica, observando as demandas regulatórias, segundo a diretora. “Nós precisamos e contamos com as insurtechs para que o seguro seja um instrumento cada vez mais voltado para resoluções de inovações dentro do país periférico, com fins distributivos, para que possamos levar o seguro para outros patamares, no sentido de que ele é sim um caminho para o desenvolvimento econômico”.
A 7ª edição do Insurtech Brasil conta com apoio da TransUnion, Vindi, CSD BR, Sompo Seguros, .add, Guy Carpenter, FF Seguros, Conversu, Lina, Sensedia, Split Risk, Lefosse, Alper, Evertec + Sinqia, 180 Seguros, Guru Spoc, Pier, Suthub, Guidewire, Capgemini, Poupz, Izzidata e Smash Gift Cards.