Seguros 2.0: transformando canais tradicionais em oportunidades digitais
A digitalização do mercado de seguros está promovendo uma verdadeira revolução na maneira como os produtos são ofertados e consumidos. Diversos líderes do setor discutiram, no último painel, como as empresas estão se adaptando e inovando para atender a uma base de clientes cada vez mais diversificada e exigente.
Marcos Kenji Watanabe, CTO da Suthub, destacou a importância de integrar sistemas de ERP de outros produtos para fazer parte da jornada do cliente no ponto de venda. “Estamos nos conectando aos ERPs de outros produtos, fazendo parte da jornada do ponto de venda. É um canal não ortodoxo, mas com essas ações estamos conseguindo atingir novos públicos”.
Paulo Silva, Superintendente da Gazin Seguros, ressaltou os desafios de implantar seguros em canais que nunca os venderam antes. “O grupo varejista, com canais B2B, ultrapassa os 9 milhões de faturamento e, em 2023, alcançou 2,2 milhões de apólices vigentes em garantia estendida, ficando em 4º lugar no mercado. O varejo trouxe relevância para a distribuição digital, permitindo o acesso de pessoas que não iam ao banco e que agora entendem que podem usufruir da cobertura de seguros”.
Cláudio Quaglia, Head de Seguros do PagBank, apontou a importância de ouvir o cliente para oferecer produtos adequados. “Temos 31 milhões de clientes ativos. Oferecemos seguros pelo app, estamos nos preparando para ofertar pela maquininha e pelo telefone. Nosso objetivo nunca foi forçar o cliente a aceitar, mas entender o que ele realmente precisa”.
Já André Cavalcanti, Product Manager, Liderança Capitalização, do Grupo Silvio Santos, falou sobre a oportunidade de oferecer seguros para a base da pirâmide socioeconômica. “Estamos encontrando oportunidades em um público que não consome seguros, um desafio para trazer credibilidade”.
Cláudio Quaglia destacou os desafios de segmentar a oferta de acordo com o canal. “Quando falamos de venda pelo app, o comercial tem que ser mais prático. Temos mais de 3 mil comerciais e já sentimos os reflexos de ouvir o cliente e segmentar a experiência com cada produto”.
De acordo com Paulo Silva, é importante que haja distribuição digital para o sucesso do mercado de seguros. “A distribuição alternativa por meio de canais digitais será o grande sucesso do mercado de seguros. É claro que a parte física ajuda, mas o digital será o grande drive do setor”.
Marcos Kenji Watanabe concluiu destacando a necessidade de entender o cliente para desenvolver produtos que realmente atendam suas necessidades. “A experiência que tem dado certo é ouvir o cliente. O produto tem que ser pensado de fora para dentro, não só no âmbito das coberturas, mas no modelo de oferta e na jornada. Estamos colhendo os frutos do que plantamos em 2020”.
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