Sustentabilidade é diferencial competitivo
O painel “Como Players do Setor Podem Usar as Práticas Sustentáveis para Gerar Novas Oportunidades de Negócios” reuniu Raquel Gaudêncio, superintendente executiva de Governança, Estratégia e Sustentabilidade da BB Seguros, Ivo Kanashiro, especialista em Sustentabilidade da Mapfre e Manoela Mitchel, CEO da Pipo Saúde. As apresentações foram mediadas por Emanuel Queiroz, diretor de Infraestrutura e especialista em Soluções de Cloud e Sustentabilidade da Capgemini Brasil.
Queiroz abriu o painel sinalizando para um novo modelo de negócios que suporta o desenvolvimento das futuras gerações. Como se vê, hoje, esse novo modelo na sociedade? “Práticas ESG estão no dia a dia das pessoas, sobretudo a educação financeira e a proteção ao meio ambiente”, ponderou Raquel. Segundo ela, a BB Seguros possui um foco específico no seguro rural, com uma carteira “robusta”, e atenta às mudanças climáticas.
Já Kanashiro afirmou que a Mapfre possui ciclos definidos, indicadores e metas delineadas quanto a projetos desenvolvidos pela companhia. “Temos várias questões, além do ESG, com valor estratégico. Não dispomos de um modelo pronto; estamos em construção e nos permite arriscar, dando um passo atrás do outro”, revela. Ele concorda que a sustentabilidade é um “diferencial competitivo”. Segundo o especialista, a Mapfre ambiciona fazer coisas com impacto social e aceita desafios para desenhar produtos sustentáveis. O objetivo é trazer uma nova visão de fazer negócios, com o incentivo da própria sociedade.
Manoela, por sua vez, comentou: “Por ser uma startup criada recentemente, enxergamos as práticas ESG com a definição de metas, objetivos e pilares. Pensamos no dia a dia do usuário, sobretudo os transgêneros. Eles são vetados nas empresas porque estas não possuem protocolo a respeito”. Este é um dos papéis das startups como a Pipo, ou seja, captar recursos e buscar empresas que geram impacto positivo nesta área. “É um capital cada vez mais prevalente no mercado de investimentos”, acrescentou.
O fator da tecnologia foi lembrado pelo mediador do painel e suas ferramentas ligadas ao ESG. Raquel afirmou que a BB Seguros utiliza sensoriamento remoto para ajudar os produtores rurais, além da inteligência artificial beneficiar as ações da empresa. “As empresas de tecnologia investem em pessoas para gerar capital competitivo”, emendou Manoela. Kanashiro salientou um fato que considera fundamental: a criação de startups dentro das companhias – estas ouvem o mercado e as pessoas. “Estas empresas captam a visão e as necessidades do público e transformam em negócios. De um modo geral é importe usar expertise e tecnologia para coisas novas”, finalizou.
“A ESG está na mesa dos presidentes das empresas. Ouvimos sustentabilidade como se fosse algo etéreo no sentido de buscar resultados financeiros”, provocou Queiroz. Os palestrantes concordam que a sustentabilidade é um diferencial competitivo. “Na Pipo, temo um grupo de métricas relacionadas aos funcionários. São indicadores de inclusão de sustentabilidade. Construímos serviços e produtos para pessoas diferentes e suas necessidades. No campo da saúde, por exemplo, somos 20% mais eficientes do que os clientes não Pipo”, reiterou.