Organizações precisam mensurar os impactos negativos de suas atividades na sociedade
Órgãos reguladores europeus pressionam companhias a colocarem em seu balanço o resultado das suas ações no planeta
Os efeitos da atividade industrial na sociedade precisam se tornar cada vez mais públicos, tanto os positivos, quanto os negativos. Em pouco tempo, segundo José Mello, Managing Director da Creative Works, o Brasil vai seguir as diretrizes de companhias europeias e divulgar os impactos em seu balanço. O assunto foi abordado pelo experiente executivo do mercado de seguros no Insurtech Brasil 2024, evento de inovação em seguros que aconteceu nesta quarta-feira, 3, em São Paulo.
Na sua apresentação do painel ‘Valorização e Incorporação de Impacto de Inovação e ESG no Resultado das Cias’, Mello destacou que as companhias globais buscam inovar para se perpetuar no mercado. “Toda empresa tem um propósito transformacional, ou seja, uma razão de existir”.
Entretanto, segundo ele, as organizações tentam equilibrar a equação entre gerar benefícios para a sociedade e agregar valor financeiro nas suas operações. “Essa é a lógica, mas a realidade é um pouco diferente. Sempre existe um lado positivo e negativo, independentemente do que a gente faça”.
Inovação e os impactos negativos
Numa dinâmica de trabalho que exige processos inovadores das companhias, Mello avalia que neste momento da sociedade é impossível pensar em inovar sem ser sustentável. Por isso, as organizações estão se movimentando, seja na produção de relatórios de sustentabilidade, ou na divulgação dos seus balanços, mensurando as consequências de suas atividades no meio ambiente e na sociedade em geral.
“A sociedade e os órgãos reguladores pressionam por mudança. Na Europa, o regulador está muito preocupado para que as companhias avaliem seus resultados. Essa onda vai chegar no Brasil de maneira rápida”, destacou o executivo.
Por fim, Mello destacou que a interseção entre os impactos gerados e o que o mundo está precisando é imprescindível. “Não dá para pensar o seu negócio dentro de um mundo que não tem chance de sobreviver”.
A 7ª edição do Insurtech Brasil conta com apoio da TransUnion, Vindi, CSD BR, Sompo Seguros, .add, Guy Carpenter, FF Seguros, Conversu, Lina, Sensedia, Split Risk, Lefosse, Alper, Evertec + Sinqia, 180 Seguros, Guru Spoc, Pier, Suthub, Guidewire, Capgemini, Poupz, Izzidata e Smash Gift Cards.